Olá, lindezas!
Hoje é um dia importante na política, mas também é importante por ser o aniversário de 95 anos de uma pessoa essencial para a história recente negra do Brasil: Ruth Pinto de Souza.
A Ruth é uma atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro e reconhecida tanto aqui quanto fora do país, atuou em teatro, cinema e novelas. Abriu caminho para muitos atores negros no Brasil.
Sua história na arte começou na sua juventude, com seu integração no grupo de teatro Cia Experimental do Negro do Rio. Foi a primeira atriz negra a subir no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro com a peça O Imperador Jones, na década de 40. Estudou teatro nos Estados Unidos por conta de uma bolsa recebida e alguns anos depois estreou no cinema. Na década de 50, começou a atuar em novelas. Em 1953, por seu papel em Sinhá Moça, foi a primeira brasileira a concorrer o Leão de Ouro, Festival de Veneza. Em 1968 se torna a primeira protagonista negra em uma novela em A Cabana do Pai Tomás. Sua última participação televisiva foi na série Na Forma da Lei em 2010, na Globo, emissora que trabalha por quase 40 anos.
Sua carreira conta com mais de 30 filmes, mais de 25 peças de teatro e cerca de 30 novelas. Recebeu dois Prêmios Saci, a Comenda do Grau de Oficial da Ordem do Rio Branco e o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Gramado de 2004.
Depoimento da blogueira: Infelizmente assisti poucas coisas dela na televisão, mas a Ruth participou da minha novela favorita da vida: O Clone. Mas, felizmente, hoje sei da importância e valor que a Ruth tem pra todas nós, mulheres negras. E mesmo com tantos anos de vida, ela só está fora das telinhas por questão de saúde, mas sente falta de trabalhar.
A história de Ruth de Souza é contada no livro Uma Estrela Negra no Teatro Brasileiro: Relações Raciais e de Gênero nas Memórias de Ruth de Souza, de autoria de Júlio Cláudio da Silva. ” As atrizes negras que estão fazendo sucesso hoje, de certa forma, são herdeiras de Ruth. Sem dúvida alguma, ela abriu espaço para que a arte dramática tivesse outra cor” diz o autor, Júlio Cláudio.

“A carreira do negro é muito mais difícil porque ganha menos e faz sempre o mesmo papel. Mas, de uns tempos para cá, melhorou, tem quatro ou cinco atores negros em cada novela. Antigamente, tinha um. A exceção é quando era uma novela que falava dos escravos. Contribuí para mostrar que o negro podia ser ator. Mas, particularmente, eu não posso me queixar. Pelas mãos da Janete Clair, fiz professora, pianista, juíza, enfim, tive a oportunidade de interpretar todo tipo de personagem. E nunca parei de trabalhar”, Ruth de Souza (2015).
~Fan page: Ruth de Souza
~Conheça o primeiro “#Personalidade” com Chimamanda Adichie, clique aqui.
Fonte das imagens: assistebrasil.com.br | memoriaglobo.globo.com | cinemaparasempreporandreacursino.blogspot.com | cacilda.folha.blog.uol.com.br
Grande beijo,
Duda @negraecrespa