Perdemos Idris Alba como o novo James Bond, mas ganhamos algo muito muito melhor! Ok, Idris é maravilhoso, mas deixa eu focar aqui, rs. O novo agente 007 provavelmente será A NOVA AGENTE, sim, uma mulher! Uma mulher negra! LASHANA LYNCH ❤
Muitas exclamações para esse momento de emoção.
O jornal Mail Online soltou a notícia hoje que a atriz britânica Lashana Lynch, que participou recentemente de Capitã Marvel, seria a escalada para viver a protagonista do 25º filme da franquia. Segundo o jornal, Lashana não fará o papel de “James Bond”, mas carregará o título de agente 007.
Feliz demais com mais esse ponto de representatividade. Uma atriz negra retinta em um papel tão popular e clássico do cinema mundial é tão incrível que não tenho como expressar com palavras, mas acho que vocês sentiram minha emoção através desse post, não é?
13 de julho é o dia do rock no mundo todo e para celebrar o dia de um grande estilo de música (e de vida!) eu resolvi mostrar uma curiosidade sobre sua origem que talvez você desconheça.
Grande parte dos gêneros musicais tem raízes na África ou de seus descendentes e o Rock está entre eles. O mundo todo vendeu o Elvis Presley como pioneiro do rock (ele é maravilhoso, merece muitos créditos por propagar o rock para o planeta inteiro), mas ele não foi o criador do estilo. Uma das iniciantes (digo assim, pois é impossível saber quem foi mesmo) foi a Sister Rosetta Tharpe, inspiração de Chucky Berry, Etta James e Johnny Cash, por exemplo, e considerada essência do rock por Bob Dylan.
Rosetta já mostrava o poder de uma guitarra nos anos 30 e se tornou bem popular dentro da música americana, isso tudo bem antes da década de 50, quando Elvis surgiu.
Ela nasceu em 1915 em Arkansas e através de sua mãe, pastora evangélica, Rosetta fez sua primeira atuação no estilo Gospel, já tocando guitarra, aos 4 anos. Foi morar em Chicago e com a influência da cidade, em uma época que o Jazz e o Blues estavam “bombando”, ela misturava seu Gospel com outros ritmos, tudo na guitarra, o que fez ela se tornar conhecida por lá. Aos poucos ela foi conquistando seu espaço e se tornou uma estrela.
Em um momento de alta segregação social, Rosetta quebrava barreiras e todos gostavam de ouvi-la.
Ela faleceu em 1973. Em 2008, o governador Edward Rendell declara o dia 11 de Janeiro o dia da Sister Rosetta Tharpe, no estado da Pensilvânia. No seu discurso destacou a lendária cantora, a pioneira que levou o Gospel para a cena mainstream.
Desde 2001 a emissora BET (Black Entertainment Television) tem a cerimônia anual BET Awards, para premiar personalidades afro-americanos, exclusivamente.
Na noite de ontem (23), aconteceu a 19ª edição e a grande homenageada da noite foi Mary J Blige com o prêmio Lifetime Achievement Award entregue pelas mãos de Rihanna com um discurso incrível por sinal.
"Você abriu portas para artistas mulheres nessa indústria (…)Eu agradeço por ser você mesma, para que assim, nos sentíssemos confortáveis sendo nós mesmas."
Discurso legendado – Rihanna entregando o prêmio Lifetime Achievement para Mary J Blige no BET. pic.twitter.com/6GBZjLcZ3R
O ator Tyler Perry recebeu uma homenagem com o prêmio Ultimate Icon Award. E também aconteceu uma homenagem póstuma ao rapper Nipsey Hussle com o prêmio Humanitarian Award.
Confira os premiados da edição de 2019, que teve apresentações de Cardi B,DJ Khaled, H.E.R., entre outros:
Melhor Artista Feminino de R&B/Pop: Beyoncé
Melhor Artista Masculino de R&B/Pop:
Bruno Mars
Melhor Grupo:
Migos
Melhor Colaboração :
Travis Scott Ft. Drake, Sicko Mode
Melhor Artista Masculino de Hip Hop:
Nipsey Hussle
Melhor Artista Feminino de Hip Hop:
Cardi B
Clipe do Ano:
Childish Gambino, This Is America
Diretor de Clipe do Ano:
Karena Evans
Melhor Artista Revelação:
Lil Baby
Prêmio Dr. Bobby Jones Melhor Gospel/Inspiração:
Snoop Dogg Ft. Rance Allen, Blessing Me Again
Melhor Atuação International:
Burna Boy
Melhor Atuação de Artista Revelação Internacional:
Sho Madjozi
É, quase não deu pra sentir falta das rainhas Rihanna e Beyoncé nesse Grammy depois de tantas performances incríveis e prêmios maravilhosos.
Desde as nomeações, já víamos que a hegemonia masculina e branca não era predominante, como na categoria Videoclipe do Ano, por exemplo, em que todos eram negros e metade de mulheres.
Me surpreendi positivamente com a força feminina presente na premiação toda, muito por causa da anfitriã e vencedora de 15 Grammys, Alicia Keys, escolhida a dedo para passar toda a energia radiante dela e de suas “manas”, modo de fazer referência a todas as colegas artistas presentes ❤ Alicia toda doce, positiva e exalando talento não só apresentou a premiação, como foi responsável por revelar os dois grandes vencedores da noite (Gravação do Ano e Álbum do ano) e ainda fez uma das performances mais impecáveis, tocando DOIS pianos e com um medley de músicas que ela gostaria de ter escrito.
Mas a noite iniciou com 5 mulheres poderosíssimas no palco, além de Alicia, estava Michele Obama, Lady Gaga, Jennifer Lopez e Jada Smith para falar da música em suas vidas e como essa relação as fazem melhor.
O grande vencedor foi Gambino com a música This is America, que fala de violência policial e racismo em um momento tão delicado nos Estados Unidos (saiba curiosidades sobre o clipe aqui). A canção ganhou Gravação do Ano, Melhor Clipe, Melhor Música e Melhor Colaboração de Rap.
A noite teve diversas apresentações, entre elas de Camila Cabello; de Miley Cyrus; da Lady Gaga, uma homenagem à Dolly Parton com Miley Cyrus, Katy Perry, Kacey Musgraves, Linda Perry e Big Little Town; de Janelle Monaé; de H.E.R; de Diana Ross, um tributo com vozes poderosíssimas de Andra Day, Yolanda Adams e Fantasia à Aretha Franklin; solo da Kacey Musgraves; de Cardi B; da Jennifer Lopez em uma homenagem a Motown; de Dua Lipa e St. Vincent; da dupla Chloe e Halle.
Dentre os vencedores, além de Gambino, temos The Carters (Bey e Jay-Z), Lady Gaga, Dua Lipa, Kacey Musgraves, Drake, Cardi B, H.E.R, Ariana Grande e a trilha sonora de Pantera Negra.
Parece que a sociedade inteira percebe as condições de vida da população negra só em novembro, né? Afinal, ocorre uma “chuva” de eventos em relação a isso. Nós nos acostumamos a acompanhar uma programação especial a respeito de Consciência Negra, mas será que essas atividades estão sendo consumidas de verdade? E no resto do ano, como fica?
Esta terça-feira é 20 de novembro, data em que celebra-se o Dia da Consciência Negra no Brasil. A data foi escolhida pela morte do Zumbi dos Palmares (em 1695). É uma causa tão forte e significativa que não merecia apenas um dia no calendário para ser lembrada, mas, enfim, é o que temos. A pergunta que fica para muitos é: será que ela é necessária? Por que não temos o dia da consciência branca?
Enquanto o salário for quase metade do homem branco mesmo com cargos iguais, enquanto um homem negro – vítima de assalto – ser espancado por acharem que o suspeito é ele, enquanto o número de jovens negros mortos for tão alto, enquanto o julgamento da cor da pele ser o mais importante, enquanto uma mãe com filhos negros sofrer diariamente, enquanto ouvirmos/lermos a expressão “racismo reverso”, enquanto não houver reconhecimento de privilégios, sim, precisaremos!
E, por favor, entenda que está longe de ser o dia do mimimi ou do vitimismo. Temos muito o que alcançar e conquistar e não entendo porque o protagonismo ainda possa incomodar tanto. Estamos sendo notados? Sim, mas pouco e queremos mais. É necessário canalizar a visibilidade para mais pessoas. Somos mais da metade da população, poxa!
O 20 de novembro é mais um dia para refletir e tentar entender a situação em que vivemos e lutar por melhorias. Em um país em que todos os âmbitos desmerece a população negra, temos muito a evoluir.
Sim, consciência negra deveria ser todos os dias, mas enquanto não temos isso…
Duda Buchmann
Criadora de conteúdo digital gaúcha.
Curiosa pelo universo e naturalidade feminina negra. Compartilho dicas de bem estar, cosméticos, inspirações, estilo, eventos e qualquer coisa interessante para o realce da autoestima das mulheres negras.
Colunista Revista Donna.