Beyoncé nos presenteia novamente com uma obra recheada de representatividade negra

Que Beyoncé é uma das artistas mais incríveis e completas que já pisaram nesse planeta, nem precisamos falar, mas a cada trabalho é uma superação maior que o anterior. Eu, como fã, imagino que é impossível algo ser melhor do que o que já realizado e a Bey vai lá e acaba com esse pensamento fazendo algo ainda mais grandioso e importante principalmente para a população negra.

A cantora/diretora/compositora/produtora lançou o álbum visual de The Gift, disco com músicas inspiradas e com elementos do povo africano e com enredo semelhante ao Rei Leão, no qual ela dublou a personagem Nala do remake em live-action em 2019. Havia uma expectativa grande para esse lançamento, já que há pouco ela confirmou a existência dele, mesmo com especulação desde o ano passado. Não, nada vazou antes (como? eu não sei), mas algumas imagens da gravação de Spirit (uma das canções com videoclipe lançado em 2019), dava a entender que tinha mais por vir e veio mesmo.

O álbum-filme se chama Black Is King e contou com diversos elementos que ligassem a história do leão Simba ao povo africano, com cenários incríveis, moda exuberante e show de dança pra gente ficar sem nem piscar na frente da tela. Ao programa Good Morning America, no dia do lançamento, ela disse que sua esperança com o filme era fazer com que ele mudasse a perspectiva do mundo da palavra “negro”, que para ela sempre significou inspiração, amor, força e beleza. Ela ainda afirma que “Black is King” significa a negritude como realeza, com histórias ricas, propósito e linhagem.

E, assistindo, eu só posso dizer que é isso mesmo. A gente sente isso, sente que pode mais, que tem espaço para conquistar, que tem gente por nós e que somos muito mais do que a sociedade insiste em mostrar. Que apesar da voz abafada a gente vai conseguir atingir o que almejamos.

Beyoncé é a artista que enaltece os negros desde a produção, são diversos artistas africanos por trás e na frente das câmeras e além disso, inclui nomes fortes como Naomi Campbell, Lupita Nyong’o, Kelly Rowland, Pharrel, Jay-Z, seu marido, e a própria filha, Blue Ivy.

Se Lemonade, seu último álbum visual, já transformou a imagem de Beyoncé no mundo como uma voz potente para o povo negro, Black is King confirmou isso com louvor.

Que sorte a nossa viver na mesma época dessa artista absurdamente talentosa e consciente do tamanho de sua voz.

Infelizmente Black is King é uma produção original do streaming Disney+ e não está disponível no Brasil. Mas é possível assistir trechos pela internet e um dos videoclipes lançados no Youtube e no Instagram oficial de Beyoncé, Already.

Minha t-shirt “Minha deusa é negra” collab com Eufrida

Lindezas,

alguém sabia que eu tenho umat-shirt em parceria com a Eufrida?

Sim! Uma baita novidade do final de 2019 que acabei não trazendo para cá, mas em novembro, como homenagem as mulheres negras nesse mês especial, a Eufrida lançou a “Minha deusa é negra”, collab comigo para enaltecer princialmente 5 mulheres referência pra mim e pra tantas pessoas que conheço.

 

Eu sempre quis uma collab no mundo da moda e não poderia ter uma que me representasse mais, a Eufrida é uma marca gaúcha de slow fashion (produção em baixa escala) e que tem uma identidade forte social, ligada a abrir e engrandecer discursos das muLheres, dos negros, do universo LGBTQ+, entre outros.

Fizemos um ensaio fotográfico e eu tenho o prazer de mostrar as fotos pra vocês agora.

Quer adquirir? Segue link direto para a lojinha da Eufrida:

https://loja.eufrida.com.br/produtos/camiseta-minha-deusa-e-negra/

Campanha Meu batom “Nude da Vida” com Divas Bllack

O sonho é real! Eu tenho um batom pra chamar de meu e ele já está à venda ❤

No fim de outubro o batom NUDE DA VIDA, criação minha para a marca Divas Bllack ficou pronto. Vocês sabem meu amor por essa marca e o quanto eu a admiro e esse convite foi uma das coisas mais lindas de nosso relacionamento.

Desde o início meu desejo era criar um batom nude para pele negra, são meus batons favoritos e eu já tinha um tom em mente que eu não encontrava em nenhum batom já pronto e por isso foi fácil decidir que cor seria. Quanto a formulação dessa cor demorou aproximadamente 1 ano (sim, tô guardando esse segredo desde 2018), mas agora ele está aí! Lindo e do jeito que sonhei!

https://www.instagram.com/p/B425ovOpzG4/

Apesar da criação dele ser para pele negra, ele fica lindo em pele clara e por isso resolvi fazer uma campanha com três mulheres com tons de pele diferente para mostrar a beleza real dele.

Prontos para se apaixonar?

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O batom está a venda aqui: https://territoriodabelezapoa.wc3.securestore.global/batom-nude-da-vida-by-negra-e-crespa-divas-bllack-p1511?sid=k9ocgkd3g0b2cq6fn7tjnr53v2

Código de desconto: NEGRAECRESPA

 

Grande beijo,

Duda Buchmann

Segundo estudo, as mulheres negras têm a menor renda entre os diplomados no país

Mulher negra recebe muito menos que homem e mulher brancos e homem negro, mesmo todos diplomados. Mais uma prova de que ser mulher negra no Brasil é bem difícil mesmo.

Imagem relacionada

Esses dados foram apresentados no estudo “O Desafio da Inclusão”, do Instituto Locomotiva, com base de dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Os resultados são que entre homens brancos acima de 25 anos, 18% têm ensino superior e renda média de R$ 6.702 e entre os negros, apenas 6% têm graduação, e a renda média é de R$ 4.810. E se tratando de distinção de gênero, entre mulheres brancas 21% tem diploma e o rendimento médio é de R$ 3.981, já entre as mulheres negras, 9% são diplomadas e possuem a menor renda média, R$ 2.918. Ou seja, de acordo com o estudo, as mulheres negras têm a menor renda entre os trabalhadores com ensino superior. A diferença salarial de um homem branco e uma mulher negra é de 43%!

Se essa imagem fosse em uma empresa qualquer, com personagens reais e com o mesmo nível de posição, você saberia dizer quem ganha mais?

Além de termos que nos superar a cada dia, não ter espaço para falhas mínimas, ainda recebemos menos. Por que a cor da pele define competência de alguém?

Tal desigualdade salarial entre brancos e negros e entre os sexos representa um prejuízo bilionário. Segundo o Locomotiva, a desigualdade salarial causa um prejuízo bilionário, já que há o desperdício de mais de 800 bilhões de reais que poderiam estar no mercado.

E aí, vamos ficar até quando definindo capacidade pela raça? Não podemos esperar chegar os 150 anos previstos para equilibrar as oportunidades de brancos e negros.
A mudança tem que ser já, agora!!!
Duda Buchmann
Texto original escrito para o ATLGirls.