Marta é nova embaixadora da ONU Mulheres

Olá, lindezas!

A Marta, nossa rainha do futebol, é a nova embaixadora da ONU Mulheres! Marta vai trabalhar a favor da igualdade de gênero no mundo do esporte.

A jogadora (cinco vezes eleita melhor jogadora pela Fifa!!!) foi escolhida pela sua história e exemplo de determinação e coragem. Merecidíssimo!

Na coletiva de anúncio, a atleta declarou estar muito honrada por ter recebido o convite e que quer garantir que mulheres de todo o mundo tenham as mesmas oportunidades que os homens para desenvolver seu potencial.  A Marta já tem histórico de colaboração com a ONU em um projeto com foco no empoderamento das mulheres, como parte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Ela se junta ao elenco de peso de embaixadoras da ONU Mulheres brasil, que conta com Camila Pitanga Juliana Paes, Kenia Mara e Tais Araújo.

 

Grande beijo,

Duda Buchmann

 

Até onde a aparência importa no mercado de trabalho?

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Texto de Gabriela Fagundes, estudante de Ciências Contábeis na UFRGS e Analista de Serviços de Gestão de Pessoas

No dia 22 de fevereiro, Yasmin Stevam apareceu no programa Encontro da Fátima Bernardes expondo para o Brasil que não conseguia emprego por causa de seu cabelo. Confesso que não vi o programa, pois estava trabalhando. Yasmin é negra e com cabelo muito Black, característica de nós mulheres negras. Desde então vi diversos “memes” zombando dela, mas duvido que alguém tenha se colocado no lugar dela em algum momento. Eu sim, pois vivencio isso todos os dias!

Se ser mulher no mercado de trabalho é difícil, ser negra é ainda mais. Negra e com cabelo afro então… meu irmão, beira o impossível! Diversas vezes fui chamada para entrevistas de trabalho e, com receio, pensei trinta vezes em alisar meu cabelo antes de ir, pois eu sei que poderia não ser levada a sério chegando em uma sala de reunião. Ah, você pode pensar em competência, né? Meu currículo de trabalho é bem completo para uma contadora da minha idade ((20 anos), levando em consideração tudo que já fiz. Sabe o que é mais engraçado? Quando me perguntavam o local que eu estudo nas entrevistas, as frases que eu ouvia eram mais ou menos assim: “Como você conseguiu?”, “Nossa na Federal que coisa, né?” ou “Que sorte você teve!” e em seguida algo como “Pois é imagine, você indo para a Serra, meus clientes não iriam se adaptar” (oi?).

Infelizmente a aparência importa sim, mas se posso deixar um conselho para a Yasmin, para outras Gabrielas da vida é que, sim, ainda temos de ser sempre duas vezes melhor do que esperam de nós.

Depois de sentir medo e ouvir frases como a que citei antes, hoje consegui um emprego ótimo e espero que todas tenham a oportunidade que eu tive.

Deixo uma pergunta para um possível próximo texto, você já viu uma gestora negra em empresa privada?

SKOLORS: campanha que brinda a diversidade e a beleza das cores

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SKOLORS é uma edição especial das cervejas da Skol, trazendo 5 cores que simulam tons de pele, além da tradicional amarela. As cores são para representar a diversidade e a beleza de de cores que nós formamos.

A campanha tem curadoria dos maravilhosos da MOOC, coletivo de arte, moda, música e audiovisual. O movimento pretende influenciar pessoas à novos olhares e diferentes pontos de vista e principalmente sem aceitar esteriótipos, utilizam a criatividade para expressar o estilo e comportamento dos negros no Brasil.

 “A nossa pele é uma só. Não importa o seu gênero, sua cor, sua classe social, somos todos feitos da mesma coisa. Somos essa diversidade de contrastes e texturas. Somos um só e vários ao mesmo tempo. Somos únicos e somos essa mistura de tudo. É essa a proposta deste projeto. É explorar a beleza dessa diversidade em todos os sentidos. É brindar às nossas diferenças. Não importa sua pele, não importa a cor da lata, a essência é única e é de todos”

Catarina Martins, integrante do coletivo.

“O mundo evoluiu e, como líderes de mercado, precisávamos evoluir junto. Nós de Skol queremos valorizar a pluralidade e incentivar uma vida sem preconceitos e isso tem se refletido em todas as nossas ações e campanhas. As latas chegam para brindar esse momento de transformação e respeito em que o mundo e a SKOL estão vivendo. Por fora, a beleza do diferente e por dentro, todos iguais”.

Maria Fernanda de Albuquerque, diretora de marketing de SKOL.

Recebi o release por e-mail e fiquei encantada com a campanha, as fotos, o vídeo – que pode ser assistido no post que falei de novas campanhas de cerveja no ATL Girls, link aqui -. PIREI com essa foto:

https://www.instagram.com/p/BSvsiM3hEfV/?taken-by=negraecrespa

Para surpresa minha, a Skol entrou em contato para me enviar um kit e quando chegou fiquei bastante feliz com o reconhecimento e com uma mensagem:

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Escorreu uma lágrima. Juro.

Então, no kit, além das 6 latas veio uma campanha incrível com pôsters.

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Fotografei e vou compartilhar alguns aqui para vocês:

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Tô muito apaixonada! E o objetivo desse material é espalhar por aí, compartilhar na internet, fazer poster, colocar na rua, presentear desconhecidos, ou seja, deixar todo mundo encantado com essa lindeza.

Então, um brinde a essa campanha e à diversidade!

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Eu amei e vocês?

Grande beijo,

Duda Buchmann

Conheça o ensaio ‘Filhas e Filhos de Dandara’ da Urban Project

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O Urban Project foi criado com o intuito de compartilhar experiências vivenciadas, de forma autêntica e momentos únicos do cotidiano urbano. Desenvolvido por Marlon W. Laurencio e Marcelo Niluk Vianna (Billy) em Junho de 2016, em Porto Alegre/RS.

Para o 13 de maio – historicamente conhecido como dia da abolição da escravatura pela Lei Áurea de 1888, mas para o movimento negro essa data não é reconhecida e preferimos exaltar nossos verdadeiros heróis – Marlon Laurencio e Billy Valdez realizaram o ensaio ‘Filhas e Filhos de Dandara’ nas ruas do Centro de Porto Alegre com negros que relataram sua experiência de vida.

Pensando na importância de sermos protagonistas a URBAN PROJECT lança neste dia 13 o ensaio “FILHAS E FILHOS DE DANDARA”, que visa principalmente o empoderamento negro, através da estética sensibilizada nas fotografias e dos relatos pessoais de quem ainda não pode comemorar a dita liberdade. Dia 13 de maio é celebrado no Brasil a Abolição da Escravatura. Em 1888, ainda como Império, o Brasil é o último país latino a declarar completamente a liberdade para o povo negro. Princesa Isabel é erroneamente nomeada como “redentora”, todavia ela nunca foi uma abolicionista, apenas cedeu às pressões dos grupos abolicionistas. Existe sim uma heroína nessa história, ela é negra, mulher, escravizada, ela é Dandara! Devido a sua ausência na historiografia, pouco sabemos sobre Dandara, e muitos julgam que sua existência não passa de uma lenda. Todavia, acreditamos na sua breve história, Dandara foi a companheira de Zumbi dos Palmares e com ele teve três filhos. Uma mulher a frente do seu tempo, e que assim como outras mulheres que viviam no quilombo, lutaram nas batalhas quando Palmares foi atacado. Uma verdadeira heroína, que preferiu a morte, jogando-se do alto de uma pedreira, do que voltar à condição de escrava. A história da formação do Brasil que nos é contada, a partir da visão eurocêntrica e machista tem na sua hierarquia decrescente: homens brancos, mulheres brancas, homens negros e por último as mulheres negras (o mesmo ocorre com homens e mulheres de povoados indígenas). É a partir dessa lógica que Isabel é a “redendora”, e não Dandara.
Nós somos os protagonistas da nossa história! Somos Dandara, somos Zumbi. Somos Angela Davis, somos Martin Luther King. Somos Carolina Maria de Jesus, somos Abdias do Nascimento. Somos Petronilha da Silva, somos Oliveira Silveira.

Larissa Oyarzabal

A ideia é linda e o resultado mais incrível ainda! Confere alguns trechos dos relatos e algumas fotos, mas para conferir tudo (inclusive o meu relato), clica aqui.

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Cristiane Leite

Trabalho fiscalizando obras no interior do estado e sofro quase que mensalmente algum tipo de RACISMO, quando revido sempre ouço a mesma coisa – Mas você não é NEGRA é moreninha!
Revido quase SEMPRE dizendo que sou negra SIM com muito ORGULHO filha e neta de NEGROS e me orgulho muito DISSO!

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Gilson Nei

Mas, se eu fosse falar aqui a quantidade de pessoas que mudam de calçada quando você passa, por medo de ser assaltado, ou se você toma paredão e tapa na cara da polícia, ou se algum segurança te segue o tempo todo no mercado, ou se você vai ficar brigando por espaços e cotas camuflados na palavra “NÃO”, LEMBREM E NUNCA SE ESQUEÇAM DE QUE OS DIREITOS SÃO OS MESMOS, INDIFERENTE DA COR DA PELE.

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Monique Brito Cunha

Tomei logo por decisão: não vou mais sofrer com isso. Lembro-me de pedir para a senhora que trançava o cabelo da minha mãe (e também confeccionava perucas) que me fizesse uma peruca loura de cabelos lisos. Estava resolvido o meu problema! As meninas louras da escola eram cheias de amigos e todos queriam brincar com elas.”Está bem. Amanhã te trago de presente!”, rindo ela disse, achando engraçado o meu pedido. A peruca, obviamente, nunca chegou. E com ela a decepção.

Forte, libertador e dá uma vontade enorme de seguir em frente!

~Site da Urban Project: http://contatourbanprojec.wixsite.com/

~Facebook: https://www.facebook.com/contatourbanproject/

Espero que tenham gostado,

Duda Buchmann

Projeto Humanae: as verdadeiras cores da humanidade

  HUMANÆ - WORK IN PROGRESS    Humanæ is a “work in progress” by the Brazilian Angélica Dass, who intends to deploy a chromatic range of the different human skin colors. Those who pose are volunteers who have known the project and decide to participate. There is no previous selection of participants and there are no classifications relating to nationality, gender, age, race, social class or religion. Nor is there an explicit intention to finish it on a specific date. It is open in all senses and it will include all those who want to be part of this colossal global mosaic. The only limit would be reached by completing all of the world’s population.  A photographic taxonomy of these proportions has been rarely undertaken; those who preceded Angélica Dass were characters of the 19th century that, for various reasons - legal, medical, administrative, or anthropological - used photographs to establish different types of social control of the power. The best-known is that of the portraits of identity, initiated by Alphonse Bertillon and now used universally. However, this taxonomy close to Borges´ world, adopts the format of the PANTONE ® guides, which gives the collection a degree of hierarchical horizontality that dilutes the false preeminence of some races over others based on skin color or social condition.  These guidelines have become one of the main systems of color classification, which are represented by means of an alphanumeric code, allowing to recreate them accurately in any medium: is a technical-industrial standard. The process followed in Humanæ also is rigorous and systematic: the background for each portrait is tinted with a color tone identical to a sample of 11 x 11 pixels taken from the face of the photographed. Aligned as in the famous samples, its horizontality is not only formal also is ethical.  Thus, without fuss, with the extraordinary simplicity of this semantic metaphor, the artist makes an “innocent” displacement of the socio-political context of the racial problem to a safe medium, the guides, where the primary colors have exactly the same importance that the mixed ones. It even dilutes the figure of power that usually the photographer holds. The use of codes and visual materials belonging to the imagery that we all share, leaves in the background the self-referentiality of the artist, insistent and often tiresome.  The will that the project evolves in other directions beyond their control (debates, educational applications, replicas and a host of alternatives that have already triggered by sharing Humanæ on social networks) contributes also to the dilution of the hierarchy of the author.  Many of the ingredients that characterize the [best] spirit of this time appear to be part of this project: shared authorship, active solidarity and local proposals likely to operate globally, networking, communication expanded to alternative spaces of debate, awareness without political ideology, social horizontality…  The spectator is invited to press the share button in his brain.   Alejandro Castellote    PANTONE® and other Pantone trademarks are the property of, and are used with the written permission of, Pantone LLC.  PANTONE Color identification is solely for artistic purposes and not intended to be used for specification.  All rights reserved. Angélica Dass é a criadora do projeto Humanae que tem como objetivo criar reflexões sobre a cor das pessoas a partir de códigos da Pantone (empresa americana mundialmente conhecida por seu sistema de cores). Ela é uma artista e fotógrafa brasileira, negra (descendente de índios e negros), que mora na Espanha com seu marido espanhol que, segundo ela, tem cor de lagosta queimada de sol, rs. A ideia do projeto começou com o questionamento das pessoas em relação a cor que teriam os filhos do casal, mesmo que ela não se preocupasse, ela resolveu usar a fotografia para isso.

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Angélica Dass

Iniciou sua busca por documentar as verdadeiras cores da humanidade, em vez das não verdadeiras – branco, vermelho, preto e amarelo -, associadas à raça humana. Então, ela iniciou uma série fotográfica em que faz o retrato da pessoa em um fundo branco e liga seu tom de pele a escala de cores da Pantone. Iniciou o projeto na Espanha, em 2012, e até o ano de 2016 já tinha fotografado 3.000 pessoas em 13 países diferentes. Dentre os países, Angélica afirma que o Brasil é o mais colorido que ela passou.

Os resultados foram sendo mostrados em exposições e/ou ações e até fevereiro de 2017, já apareceram em países como a Grécia, Espanha, Coreia do Sul, Itália, Indonésia, Equador, Holanda, Suíça.

No fim, foi criado um banco de rostos que é utilizado em estudos também.

Algumas fotos do catálogo:17072012pantone3

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Em fevereiro de 2016, Angélica fez uma palestra no TED, em Vancouver, para falar sobre o projeto. Além do Humanae, ela comentou algumas situações racistas que passou e disse que o Brasil é o pior país para se nascer negro, pois aqui há um preconceito institucionalizado e escondido.

 

Demais, né?

Site Projeto: humanae.tumblr.com/ Site Angélica Dass: http://www.angelicadass.com/

Espero que tenham gostado!
Beijos,