Angélica Dass é a criadora do projeto Humanae que tem como objetivo criar reflexões sobre a cor das pessoas a partir de códigos da Pantone (empresa americana mundialmente conhecida por seu sistema de cores). Ela é uma artista e fotógrafa brasileira, negra (descendente de índios e negros), que mora na Espanha com seu marido espanhol que, segundo ela, tem cor de lagosta queimada de sol, rs. A ideia do projeto começou com o questionamento das pessoas em relação a cor que teriam os filhos do casal, mesmo que ela não se preocupasse, ela resolveu usar a fotografia para isso.

Iniciou sua busca por documentar as verdadeiras cores da humanidade, em vez das não verdadeiras – branco, vermelho, preto e amarelo -, associadas à raça humana. Então, ela iniciou uma série fotográfica em que faz o retrato da pessoa em um fundo branco e liga seu tom de pele a escala de cores da Pantone. Iniciou o projeto na Espanha, em 2012, e até o ano de 2016 já tinha fotografado 3.000 pessoas em 13 países diferentes. Dentre os países, Angélica afirma que o Brasil é o mais colorido que ela passou.
Os resultados foram sendo mostrados em exposições e/ou ações e até fevereiro de 2017, já apareceram em países como a Grécia, Espanha, Coreia do Sul, Itália, Indonésia, Equador, Holanda, Suíça.
No fim, foi criado um banco de rostos que é utilizado em estudos também.
Algumas fotos do catálogo:
Em fevereiro de 2016, Angélica fez uma palestra no TED, em Vancouver, para falar sobre o projeto. Além do Humanae, ela comentou algumas situações racistas que passou e disse que o Brasil é o pior país para se nascer negro, pois aqui há um preconceito institucionalizado e escondido.
Demais, né?
Site Projeto: humanae.tumblr.com/ Site Angélica Dass: http://www.angelicadass.com/