Conheça bancos de imagens com pessoas negras

Você estava criando um post e não conseguiu achar imagens que o ilustrassem? Eu entendo, inclusive já falei sobre lá em 2018 quando escrevia para dois locais (o extinto AtlGirls e para a Revista Donna), além daqui, claro.

Seja criador de conteúdo, editor de site, blogueiro, aluno ou funcionário fazendo uma apresentação, enfim, a dificuldade de encontrar imagens com pessoas negras de maneira gratuita (e até paga) é real e enorme.

Se dermos um Google até que tem imagens por lá, mas normalmente é impossível encontrar a fonte, pois elas já foram replicadas milhares de vezes sem os dados e achar a origem se torna uma missão para investigadores profissionais, rs.

Que tal bancos de imagens gratuitos só com pessoas negras?

Conheça YGB (Young, Gifted an Black) que lá no início de 2018 era um projeto e agora é uma realidade. Um banco de imagens brasileiro e realizado 100% por mulheres negras.

ygb

O YGB é um banco com imagens gratuitas (e pago quando for solicitado uma imagem com maior dimensão). Ainda está com poucas imagens, mas quer crescer e precisa de parcerias e ajuda financeira para tal. Pode ajudar? ygb.black

nappy

Nappy é outro banco de imagens gratuito com grande variação de temáticas criado pela agência americana Shade e tem como objetivo a quebra de padrão dos bancos de imagens comuns, com novas narrativas.

O Nappy é meu maior aliado quando vou criar conteúdo, principalmente pra Donna.

mulheresinvisiveis

Além desses dois bancos, a Adobe criou o projeto Mulheres (In)Visíveis, com imagens pagas. O projeto se descreve assim: “Um olhar cuidadoso sobre a representatividade e a quebra de estereótipos na publicidade brasileira, essa é a missão do projeto Mulheres (In)Visíveis”. O projeto consiste em tornar protagonistas aquelas fora do padrão -mulheres negras, lésbicas, com deficiência, gordas, etc.

 

 

Teste de porosidade capilar

Do que meu cabelo precisa: hidratação, nutrição ou reconstrução?

Sabia que existe um teste fácil e rápido que dá pra fazer em casa e descobrir quais produtos seu cabelo está necessitando?

Basta ter um copo de água e um fio de cabelo com bulbo (aquela pontinha branca, sabe?). E pronto, o local do fio no copo mostrará o nível de porosidade do seu cabelo.

Mas primeiro, o que quer dizer porosidade capilar? É uma condição da fibra capilar que determina a absorção da água no fio, além da perda dela e de nutrientes.

Então, vamos para o teste?

fonte: desventuras de uma cacheada

1 – cabelo boiou quer dizer que a porosidade está baixa, ou seja, você precisa de hidratação. Cremes com aloe vera, ceramidas, babosa e glicerina, por exemplo.

2 – cabelo ficou no meio, porosidade normal e já necessidade de nutrição. Cremes com óleos (oliva, rícino, girassol, coco, etc).

3 – cabelo afundou, porosidade alta, faça reconstrução. Cremes com queratina.

E aí, o que achou? Fácil, né?

Me conta seu resultado!

MANIFESTO ALTERAÇÃO NOME

Aviso que a @negraecrespa não existe mais. é isso.

Acontece que resolvi usar meu nome real para seguir meu conteúdo online e sim, tô com medinho, mas ao mesmo tempo feliz. Agora sou @dudabuchmann e acredito que seja um amadurecimento e que eu já estava me encaminhando pra ele há algum tempo, mas o receio me fez deixar essa mudança guardada na gaveta.

A poucos dias completei seis anos criando conteúdo para as redes sociais e essa virada de ano vem com um gosto de recomeço, eu estou muito feliz, ansiosa e animada com essa nova fase do meu trabalho.

Em 2014 eu inicie a conta do instagram (que inicialmente era @negrasecrespas), lá eu colocava imagem de várias meninas e mulheres com cabelos cacheados e crespos, alguns meses depois, eu me coloquei a frente e então alterei para @negraecrespa, na primeira pessoa. Minha ideia com esse nome era um resumo do meu conteúdo, falar de mulheres negras e seus cabelos, pois foi a partir deles que reconstruí minha autoestima e acredito que muitas estavam com o sentimento semelhante ao meu na época. Sabendo que a mulher negra e com cabelos crespos era (e infelizmente segue sendo) a mais preterida pela sociedade, o nome se tornou quase como uma homenagem, porque eu sei que meu cabelo tinha predomínio cacheado. E com receio de que ainda hoje as pessoas fora do meu ciclo entendam que o conteúdo principal seja o cabelo crespo, essa alteração vem a calhar, pois sabe-se que os cuidados com cabelo cacheado e crespo podem ser bem diferentes, além disso não quero tirar o protagonismo do tema de maneira alguma. Enfim, eu cresci como mulher negra nesse período e o @negraecrespa me ajudou demais com isso, tanto com minhas pesquisas para criar o conteúdo quanto com quem me acompanhava, nossa relação sempre foi maravilhosa e eu só tenho a agradecer. O Negra e Crespa me levou pra lugares que eu nunca imaginei, me colocou em contato com pessoas e marcas que nem em sonho tinha. Meu objetivo sempre foi atingir o espaço de autoestima de cada pessoa e por isso esse trabalho é tão prazeroso.

O @negraecrespa cresceu e seus conteúdos se ampliaram, eu fui mostrando cada vez mais de mim e agora estamos aqui, nessa alteração de nome de usuário, mas que é realmente apenas uma alteração de nome, o conteúdo seguirá sendo focado em autoestima, beleza, comportamento, moda e o que mais rodear o universo da mulher negra. Aliás, só quero que isso esteja mais e mais presente e que o espaço Duda Buchmann siga sendo de acolhimento assim como o Negra e Crespa sempre foi. 

Obrigada por estarem aqui, é importante demais pra mim! ♥

Bem vindos a nova fase.

Beyoncé nos presenteia novamente com uma obra recheada de representatividade negra

Que Beyoncé é uma das artistas mais incríveis e completas que já pisaram nesse planeta, nem precisamos falar, mas a cada trabalho é uma superação maior que o anterior. Eu, como fã, imagino que é impossível algo ser melhor do que o que já realizado e a Bey vai lá e acaba com esse pensamento fazendo algo ainda mais grandioso e importante principalmente para a população negra.

A cantora/diretora/compositora/produtora lançou o álbum visual de The Gift, disco com músicas inspiradas e com elementos do povo africano e com enredo semelhante ao Rei Leão, no qual ela dublou a personagem Nala do remake em live-action em 2019. Havia uma expectativa grande para esse lançamento, já que há pouco ela confirmou a existência dele, mesmo com especulação desde o ano passado. Não, nada vazou antes (como? eu não sei), mas algumas imagens da gravação de Spirit (uma das canções com videoclipe lançado em 2019), dava a entender que tinha mais por vir e veio mesmo.

O álbum-filme se chama Black Is King e contou com diversos elementos que ligassem a história do leão Simba ao povo africano, com cenários incríveis, moda exuberante e show de dança pra gente ficar sem nem piscar na frente da tela. Ao programa Good Morning America, no dia do lançamento, ela disse que sua esperança com o filme era fazer com que ele mudasse a perspectiva do mundo da palavra “negro”, que para ela sempre significou inspiração, amor, força e beleza. Ela ainda afirma que “Black is King” significa a negritude como realeza, com histórias ricas, propósito e linhagem.

E, assistindo, eu só posso dizer que é isso mesmo. A gente sente isso, sente que pode mais, que tem espaço para conquistar, que tem gente por nós e que somos muito mais do que a sociedade insiste em mostrar. Que apesar da voz abafada a gente vai conseguir atingir o que almejamos.

Beyoncé é a artista que enaltece os negros desde a produção, são diversos artistas africanos por trás e na frente das câmeras e além disso, inclui nomes fortes como Naomi Campbell, Lupita Nyong’o, Kelly Rowland, Pharrel, Jay-Z, seu marido, e a própria filha, Blue Ivy.

Se Lemonade, seu último álbum visual, já transformou a imagem de Beyoncé no mundo como uma voz potente para o povo negro, Black is King confirmou isso com louvor.

Que sorte a nossa viver na mesma época dessa artista absurdamente talentosa e consciente do tamanho de sua voz.

Infelizmente Black is King é uma produção original do streaming Disney+ e não está disponível no Brasil. Mas é possível assistir trechos pela internet e um dos videoclipes lançados no Youtube e no Instagram oficial de Beyoncé, Already.

Adotar é amor

Na última segunda (25) foi Dia Nacional da Adoção, sabia?

Não sei se todos que acompanham o blog sabem, mas sou filha adotiva e adoro falar sobre isso, inclusive tem um tópico especial sobre no meu instagram @negraecrespa e quero trazer esse tema mais para cá também.

#VÍDEO: Bate-papo sobre Adoção

No decorrer desse post vou explicar um pouquinho da situação de adoção no Brasil, certo?

Para fins legais, adoção é o ato jurídico no qual um indivíduo é permanentemente assumido como filho por uma pessoa ou por um casal que não são seus pais biológicos. Para mim, é um dos maiores atos de amor.

Atualmente são 5 mil crianças aptas para serem adotadas no Brasil. O que surpreende é que o número de casais dispostos a adotar é muito superior, aproximadamente 7 vezes maior. Essa conta não fecha justamente pelo perfil determinado pelos adotantes.

Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, a maioria deles busca por crianças bem pequenas ou recém-nascidas, com idade máxima de três anos, brancas e saudáveis, preferencialmente meninas.

No entanto, a maioria das crianças e adolescentes disponíveis tem o seguinte perfil: menino de 14 anos, negro e com um irmão também em situação de adoção.

 

Eu tenho uma experiência extremamente positiva com adoção. Eu sou filha adotiva e minha irmã mais nova também. Amo saber de histórias de adoção, me faz bem e acredito que elas atingem as pessoas de forma agradável e inspiram esperança.